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Foto do escritorGabriel G. Villarda

O FENÔMENO JULIETTE E A INVENÇÃO DO NORDESTE


Por: Gabriel Ginez Villarda


Recentemente, houve nas mídias sociais uma comoção muito grande em relação a uma participante do Big Brother Brasil (BBB) 2021. Juliette Freire, que veio a ser a vencedora da edição, é de Campina Grande – Paraíba e, durante o programa, expôs várias percepções e vivências a respeito da sua origem nordestina: pontuou e demonstrou vários tipos de preconceitos e estereótipos a respeito do povo nordestino, falou a respeito de xenofobia, da imagem que as pessoas têm do Nordeste e de várias dificuldades que estavam atreladas a isso.

Enquanto assistia ao programa, eu conseguia perceber várias semelhanças do seu discurso com uma obra da qual estava realizando a leitura em uma disciplina de Estudos Culturais, a obra “A invenção do Nordeste”, de Durval Muniz Albuquerque Junior. A obra fala a respeito de todo um processo, um emaranhado extremamente complexo a respeito da invenção da imagem do Nordeste, dos estereótipos, da romantização do sofrimento do povo nordestino, das formas de arte que surgiram e que romantizam a seca, a fome e a pobreza, a imagem que se inventa do povo nordestino enquanto “vagabundos”. É uma leitura incrível que me pareceu muito presente no discurso da vencedora.


Referência


ALBUQUERQUE JR, Durval Muniz de. A invenção do Nordeste e outras artes. 4ª ed. Recife: FJN; Ed. Massangana; São Paulo: Cortez, 2009. 340 p.

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